sábado, 10 de setembro de 2011

Jack Growan & The Wolf - O Inverno de Matosinhos

    

   São poucos e bons. Há quem ache rudimentar, cru até, e é, ao ouvido e à vista. Jack Growan & The Wolf chegam-nos vindos de um subtil inverno de Matosinhos. De guitarra acústica pendurada, o duo relata numa nostalgia tremenda sentimentos simples, sem medo nem vergonhas.

   Têm as suas fundações no metal, mas neste projeto, bastante mais acústico, mostram ao mundo que se sabe contar histórias cantando num dos folks mais íntimos do norte do país. São inevitáveis as semelhanças a Bon Iver ou Emily Jane White; a profundidade das músicas transporta-nos para um local frio, solitário. Chipêlo, vocalista da banda, mantém-se sofrido ao longo da faixa, arranhando a voz de quando em vez. André Thunder, o instrumentista, simplifica o que se ouve numa progressão de acordes típica do Neil Young, soando, de hammer on em pull of, complexo e distante. Distância talvez seja o conceito-chave para definir a banda. A carência instrumental torna o que se ouve muito mais cru, mas nada que desagrade; no entanto, fica a esperança de os ouvir a um outro nível.

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